SELAGINELLACEAE

Selaginella tenuissima Fée

LC

EOO:

573.735,248 Km2

AOO:

112,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos estados Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Hirai, 2012).Em São Paulo a espécie foi encontrada em altitude cerca de 1800m (Hirai; Prado, 2000), em Minas Gerais em altitudes entre 1210m e 1520m (Viveiros, 2010) e no Rio de Janeiro em altitude até 2250m no Rio de Janeiro (Tamandaré, F., 6508, NYBG 807194).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída e encontrada em Unidades de Conservação.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual e formação campestre (Salino; Almeida; Heringer, 2009)Mata Ciliar e floresta de encosta (Viveiros, 2010)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Em São Paulo a espécie foi encontrada em barrancos, nos campos de altitudes da Serra da Mantiqueira, Campos de Jordão e Serra da Bocaina (Hirai; Prado, 2000).A espécie é uma erva terrícola ou rupícola, ocorre em barrancos úmidos, em rocha sobre a matéria orgânica e sobre musgos em mata ciliar (Viveiros, 2010). Nos campos de altitude do Rio de Janeiro foi relatado a ocorrência em local ensolarado ou com pouco sombreamento, como os barrancos encontrados às margens das trilhas do Parque Nacional do Itatiaia, RJ (Condack, 2006)A espécie ocorre na cadeia do espinhaço (Salino; Almeida, 2008)

Ameaças (6):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
As atividades humanas são as que mais ameaçam a conservação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. No local ocorre a extração de espécies madeireiras (cedro e canela) e árvores de sub-bosque como o palmito. Nos meses entre junho e setembro é comum a origem de focos de incêndio promovidos pelos moradores para eliminar ervas daninha ou mesmo por vândalos e baloeiros. No entanto, a maior ameaça para a região é o crescimento urbano e a construção de condomínios sobre a floresta nativa e escarpas de montanhas (Miller et al. 2006)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Estadual do Pico Paraná teve um incêndio em outubro de 2007. Este incêndio atingiu o Pico Caratuva e mesmo após 2 anos a floresta ainda mostra conseguências da queimada e sinais de baixa capacidade de regeneração (Scheer, 2010)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff e Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600ha), 2004 (600ha) e 2007 (800ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
Em setembro de 2001 foram detectados 485 focos de incêncios no Parque Nacional do Caparaó e 10 municípios adjacentes, destruindo a floresta nativa e áreas de pastagem. Em 2000 a área de queimadas aumentou 40% em relação ao ano anterior. Mesmo assim na região aumentaram tanto o número de licenças para plantação de cana-de-açúcar e pastagem, como do número de multas por queimadas ilegais (CEPF, 2001)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
Na região central do Espinhaço, foram identificadas como principais ameaças: a mineração, a expansão urbana, o turismo descontrolado, a criação de gado e as queimadas (Vasconcelos et al., 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
​Na região do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais são observadas as seguintes ameaças em consequência da atividade mineradora: a extração do minério de ferro - cava - atinge diretamente os ecossistemas de Campo Ferruginoso, protegidos por legislação federal e estadual por serem de ocorrência restrita às cristas serranas, classificadas como Área de Preservação Permanente; e a mineração, incluindo a disposição de estéril e rejeitos, que atinge ecossistemas da Mata Atlântica como as Florestas Estacionais Semideciduais e as Florestas Pluviais Ripárias (Santos, 2010).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
​A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: Parque Nacional do Itatiaia, RJ, Parque Nacional do Caparaó, RPPN Santuário do Caraça, Parque Estadual do Itacolomi, MG, Parque Estadual do Pico Paraná, Parque Nacional Saint-Hilaire / Lange, PR e Estação Ecológica Itapeva, SP (CNCFlora, 2011)
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​​Vulnerável, lesta vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).